terça-feira, 19 de maio de 2009

Ibsondependência

Ibson é o que hoje se convencionou chamar de jogador moderno. Ataca, defende, compõe o meio, chuta, corre, dribla, marca, dá carrinho, cruza na área e corre pra cabecear. Ibson não é excepcional em fundamento algum, mas é razoável em quase todos (salvo na hora de compor a barreira). E em tempos de escassez de bons jogadores, Ibson se destaca sem encantar.

A cada dia aumentam as funções de Ibson no time do Flamengo. Ajudar na marcação, puxar o contra-ataque, encostar nos atacantes, bater escanteios, faltas, pênaltis... Normalmente, quando nosso “peladeiro de luxo” vai bem, o time todo vai bem. E, assim, criou-se a ibsondependência.

O fim do empréstimo de Ibson ocorrerá no meio do ano. Penso que ele é um jogador por quem vale a pena a diretoria se esforçar. Sem fazer loucuras. Entretanto, caso o meia não fique, vejo duas formas de se livrar de sua dependência:

1 – Tratamento de choque: repatriar Renato Abreu.
Renato Abreu é um velho conhecido da torcida. Veio do Corinthians em 2005 sem criar grandes expectativas. Entretanto, com a sua raça e seu chute potente (ah, que saudade do tempo em que uma cobrança de falta trazia algum perigo de gol...), tornou-se o grande destaque do time. Em 2007, transferiu-se para o Al-Nasr, dos Emirados Árabes, mas prometeu que voltaria. Além de ter um estilo de jogo semelhante ao de Ibson, Renato daria poder de fogo ao nosso ataque, o que, nos dias atuais, seria excelente. O tratamento é caro, mas a possibilidade de sucesso é muito grande.

2 – Tratamento homeopático: apostar no elenco.
Caso a negociação com Renato não seja viável, penso que é melhor apostar no que já temos. Até porque não vejo nada muito melhor do que Everton, Erick Flores e Fierro disponível no mercado (vide o exemplo do “Bunda” que chegou com pompas de craque e não rende nada). Acho que se esses jogadores tiverem seguidas oportunidades, podem ganhar confiança e se firmar no time. O tratamento é barato, mas os riscos são maiores. Pode ser longo e doloroso. Entretanto, ainda é melhor do que investirmos em placebos que não nos levarão a lugar algum.

De qualquer forma, não há motivos para desespero: há cura para a ibsondependência.

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